Visconde de Mauá tem um pouco para agradar cada tipo de público. É uma excelente opção de destino para ir passar um final de semana romântico com o namorado/marido. É ótimo para viajar com os amigos por suas diversas as opções de turismo de aventura, como as trilhas e cachoeiras. E se encaixa super bem em uma viagem em família, com opções de passeios de quadriciclo e cavalgadas.
É o destino perfeito para quem está em busca de um lugar para fugir da correria do dia a dia. Se você curte natureza, paz e tranquilidade, vai ficar encantado com a região.
Confira o vídeo com um pouquinho do meu final de semana em Visconde de Mauá:
São várias vilas na região de Visconde de Mauá, cada uma com atrativos diferentes. Ao todo são 27km de extensão, o que significa que elas são bem próximas umas as outras.
A vila de Visconde de Mauá
O centrinho da vila que leva o nome da região é pequeno e simples. Há uma igrejinha simpática e um pequeno comércio com opções de artesanato e feira de orgânicos. Não deixe de passar na Aldeia dos Imigrantes, uma galeria super fofa localizada em frente ao Centro Cultural Visconde de Mauá.
A vila de Maringá
É o principal centro comercial da região, com uma variedade de restaurantes, bares e lojas. Como há um rio que separa essa vila, tem a Maringa-MG (foto acima) e a Maringá-RJ. São uma do lado da outra, apenas com uma ponte de pedestre separando-as. A diferença entre elas é que primeira é mais arrumadinha e chique, a segunda é mais simples e barata.
A vila de Maromba
Logo depois vem a vila de Maromba, onde encontram-se as cachoeiras e piscinas naturais mais badaladas, são elas a Cachoeira do Escorrega, o Poção (de onde você pode pular de uma altura de 7m) e a Cachoeira da Santa Clara. Esse é o lugar mais hippie da região, onde você encontra opções de hospedagem mais baratas, como hostels e campings.
As cachoeiras
Como falei acima, as cachoeiras mais famosas da região são a Cachoeira do Escorrega e o Poção, que ficam em Maromba. Em alta temporada fica um pouco de trânsito para chegar nessas duas cachoeiras, pois as estradinhas de terra são bem estreitas e não há estacionamento. Como elas são de fácil acesso, costumam ficar bem movimentadas e muitas vezes há fila para descer no Escorrega.
A Cachoeira da Santa Clara é também famosa por lá. É um belo paredão com cerca de 50m de altura e uma queda d’água considerável. Para os amantes de adrenalina, ela é ótima para a prática de rapel, mas infelizmente nas duas vezes que eu fui o tempo não tava muito bonito e tava bem frio, então nem considerei.
Ela é de fácil acesso e fica localizada no vale de mesmo nome. É só estacionar o carro em suas proximidades e andar uns 5 minutinhos.
A Cachoeira do Santuário é na verdade um “complexo de cachoeiras” chamado de Parque Ecológico Cachoeiras do Santuário. São duas quedas com cerca de 10 pontos diferentes com cachoeiras de água cristalina e geladíssima dentro da mata fechada. Em dias de verão acredito que seja ótimo para mergulhar, mas eu não tive coragem quando fui, no auge do inverno.
O local é estruturado, tem estacionamento, banheiros e uma mini lanchonete. É necessário pagar uma taxa de visitação de R$16,00. Confesso que achei um pouco caro o valor cobrado para a estrutura. Será que vai virar tendência por lá?
Ao chegar você ganha um mapinha com a trilha e a sinalização dos pontos principais. São dois trechos percorridos, cada um dura cerca de 40min se você fizer sem parar muito. Se quiser mergulhar, a Cachoeira do Ouro é ótima para isso, e a Esmeralda foi minha preferida, lindíssima.
Se você estiver com um carro sem tração, pode sofrer um pouquinho pra chegar, mas dá pra ir. É só seguir pelo pelo Vale da Santa Clara e ficar de olho nas placas, é bem sinalizado. Fica um pouco depois da Cachoeira da Raposa.
A Cachoeira do Marimbondo ou Poço do Marimbondo tem as águas congelantes e por ser mais afastada e de difícil acesso, ela é só paz e tranquilidade. Se você prefere esses spots mais escondidos, essa com certeza será sua opção de cachu.
A estrada para chegar lá é bem ruim e mal sinalizada. O ideal é ir em um 4×4, mas eu fui com meu carrinho e ele chegou lá direitinho, é só manter a mão firme no volante. Entre no Vale do Pavão e siga pela estrada de terra por cerca de 7km. Pergunte em um dos mercadinhos do caminho a direção, só assim você vai chegar lá.
Chegando no estacionamento, é necessário andar ainda uns 15 minutos em mata fechada para chegar lá. Uma dica preciosa: vá de manhã cedo, por volta de 8:30h da manhã, pois se for mais tarde não encontrará o sol por lá.
Ah! Não deixe de apreciar a vista do Vale do Pavão. É lindo!
A Cachoeira do Alcantilado ficou fora do meu roteiro por falta de tempo, mas ouvi dizer que lá é ótimo para ir passar o dia. Essa e outras 8 cachoeiras ficam dentro do Sítio Cachoeiras do Alcantilado, localizado no vale de mesmo nome. Em meio a muito verde, a trilha de 1,5km é leve e agradável.
Há também diversas opções de atividades que você pode realizar por lá, como o rapel, tirolesa e bóia-cross. Para mais informações: (21) 2457-4931 e www.cachoeirasdoalcantilado.com.br
Trilha da Pedra Selada
Um pouco mais afastada você encontra a Pedra Selada, pico mais alto da região. Em 2012 ela se tornou o Parque Estadual da Pedra Selada e aos poucos está se recuperando da degradação provocada pelo gado na terra. A trilha leva cerca de 2h e o nível de dificuldade é médio. Chegando lá em cima, a vista é muito bonita e compensa todo o cansaço do caminho.
A gente já contou mais detalhadamente aqui no blog sobre a trilha da Pedra Selada, confira aqui nossas dicas.
Como planejar seu final de semana para aproveitar ao máximo a viagem
Nossa dica é: planeje-se com antecedência, assim dá tempo de curtir tudo que a região tem a oferecer. Claro que vai ficar aquele gostinho de quero mais, mas nada que não dê para resolver voltando de uma outra vez.
Se você chegar na sexta-feira a noite, aproveite para madrugar no dia seguinte e ir bem cedinho fazer a trilha da Pedra Selada. Você vai ficar exausto, então nada como um banho nas cachoeiras na parte da tarde. Uma boa opção são as cachoeiras de Maromba. Como elas são próximas umas as outras, é possível conhecer todas elas em uma tarde.
Depois de um banho no hotel, dê um pulo em Maringá a noite para conhecer as lojinhas e tomar um vinho com fondue em um dos restaurantes que tem por lá. Não deixe de passar no Armazém da Vila para provar uma variedade de pastas e patês de truta deliciosos. Impossível não levar um pra casa. Há também um chocolate quente delicioso em uma chocolateria próxima ao Restaurante Dom Corleone. Ótima opção para as noites frias de inverno.
No dia seguinte, você pode optar por passar o dia no Vale do Alcantilado ou ir na Cachoeira do Marimbondo pela manhã e sair para almoçar depois. Para a cachoeira, o ideal é chegar por volta de 9h para poder curtir um pouco o solzinho que não dura muito por lá. Por estar dentro da mata fechada, esfria depois que ele vai embora. Depois, dê um pulo no centro de Maringá RJ para provar o pastel de truta na Parada do Pastel.
Informações úteis
(Clique no mapa para ampliar. Para facilitar, marquei em rosa os pontos de interesse que citei aqui no post.)
Como chegar
A partir do Rio de Janeiro, siga até a Rodovia Washington Luiz e entre no Arco Metropolitano em direção a Resende. São 230 km e leva-se em média 3h de carro. Após a entrada de Resende, fique atento para as sinalizações de Visconde de Mauá.
De São Paulo são 300 km e leva-se em média 4h de carro. Siga até a BR116 em direção ao Rio de Janeiro e depois pegue a RJ163.
Não indicamos ir de ônibus, pois sua locomoção vai ficar bem restrita, mas há esta opção pela Viação Cidade do Aço, com saídas do Rio de Janeiro às 19:30h somente as sextas-feiras e retorno no domingo da Vila da Maromba as 16h.
Quando ir
É possível ir durante o ano todo e em cada estação você terá uma experiência diferente. Durante o inverno é bem friozinho, então é uma delícia para ir tomar vinho, ficar agarradinho com o namorado e curtir uma lareira.
Se você for no verão, encontrará dias quentes e ensolarados, porém a precipitação é muito maior. Assim você poderá curtir bastante as cachoeiras, mas sempre tomando cuidado com as quedas d’água.
Onde se hospedar
Nesta última vez fiquei hospedada na casa de uma amiga, mas já fiquei também em um chalézinho super simpático através do Airbnb com minha família. Adoramos o espaço e a localização.
Se prefere hotéis e pousadas com todo o seu conforto, a Pousada Moriá é uma ótima opção. São chalés com lareira e banheira de hidromassagem, ou seja, o lugar perfeito pra você relaxar em meio a natureza. Lá tem estacionamento, wifi e um café da manhã delicioso. O valor das diárias variam de acordo com a temporada, para o inverno você encontra chalés para duas pessoas a partir de R$280 a diária.
Outras infos
Não há caixas eletrônicos disponíveis em Visconde de Mauá, portanto é bom lembrar de sacar dinheiro antes de chegar lá. Boa parte dos estabelecimentos aceitam cartão, mas é sempre bom ter um dinheiro reserva né?
Há apenas um posto de gasolina que fica entre Visconde de Mauá e Maringá, mas ele é mais para uma emergência devido ao preço mais elevado do combustível. Lembre-se de abastecer o carro ainda na Dutra.
Se você já está com sua viagem toda planejada e leu o post até aqui, merece essa dica esperta. Faz anos que esse senhor vem com sua pequena produção nas mulas até Visconde de Mauá. Ele tem geleias maravilhosas e queijos fresquinhos! É só perguntar no comércio local se alguém sabe onde encontrá-lo. Vale muito a pena!!
Para mais dicas espertas, não deixe de conferir o site Mauá 360. É só clicar aqui: Visconde de Mauá.
Aluguel de carro
Nossa recomendação para visitar Visconde de Mauá é que você alugue um carro para que você tenha mais liberdade para explorar a região.
Já tinha vontade de conhecer Visconde de Mauá, agora fiquei com mais vontade ainda! E este pastel? Ah muito amor <3
Aaah, não deixe de ir, Amanda 🙂
É uma deliii!