O Salar de Uyuni é a maior planície de sal do mundo, com 10.582 quilômetros quadrados. Fica localizado no sudoeste da Bolívia e está a uma altitude de 3.656 metros acima do nível do mar – chegando a ultrapassar os 4 mil metros de altitude em alguns trechos! Se você está planejando uma viagem para lá, confira esse post com as melhores dicas para você!
Ficha técnica ~ 3 dias no Salar de Uyuni
Empresa contratada
Andes Salt Expeditions > Considerada a segunda melhor agência de Uyuni. Escolhi o tour de 3 dias e 2 noites, terminando em São Pedro de Atacama.
Valor
U$100 (As agências precisam completar grupos de até 6 pessoas e por isso consegui desconto fechando na hora. O preço médio é de 120 dólares por pessoa, dependendo da agência e da procura).
O que estava incluso
Café-da-manhã, almoço e janta nos 3 dias, 2 noites de hospedagem, transporte em 4×4 com guia e transfer do Salar para São Pedro de Atacama, no Chile.
Época da visita
Agosto/2016. Era inverno e por isso o Salar não estava inundado. Apesar do frio, o tempo costuma ser sempre bom, com sol forte. Não me arrependo de ter ido na época escolhida.
Tipo de viagem
Entre amigos.
O passeio de 3 dias é um dos mais procurados por turistas, pois permite visualizar diversos tipos de paisagem, e iniciar e finalizar o passeio em diferentes pontos. No meu caso, comecei na cidade de Uyuni e terminei em São Pedro do Atacama, já no Chile. Contratei uma agência que cuidou de tudo e e ofereciam bastante coisa no pacote, como hospedagem, comida, transfer e, em alguns casos, água e saco de dormir.
O resultado do seu passeio pode variar em função do seu guia. O guia é quem irá fazer tudo por você nessa viagem, desde dirigir o carro até fazer a comida. Mas é importante ficar esperto pois quase perdi o transfer para o Atacama por causa de um atraso da parte dele.
Aqui vou falar sobre todos os pontos que passamos, seguindo o roteiro que começou em Uyuni e terminou em São Pedro de Atacama. Vamos lá?
Cemitério de trens
Localizado no deserto da planície andina, essa parada permite visitar trens que foram completamente abandonados após um grande ápice de produção de minérios retirados principalmente da região de Potosí que fica próxima à Uyuni. Aos poucos, os minérios ficavam escassos e os vagões foram sendo desativados, entre as décadas de 1920 e 1930, episódio agravado pela crise de 1929.
A ideia era intensificar os negócios e fazer o país prosperar, hoje funciona como um museu a céu aberto.
O imenso Deserto de Sal
Estima-se que essa imensidão contenha 10 bilhões de toneladas de sal, das quais menos de 25 mil toneladas são extraídas por ano. Ele contém entre 50 e 70% das reservas mundiais de lítio e foi formado como resultado de transformações entre diversos lagos pré históricos.
A construção abaixo, feita com nada menos do que sal, abrigava um hotel que hoje está desativado e funciona apenas como ponto de parada para almoço de turistas. É interessante entrar e ver como tudo pode ser construído com sal – me lembrou um pouco as estruturas de gelo que existem em determinados países, como bares e hotéis de gelo.
Ao lado do hotel foi construída uma base para abrigar bandeiras de diversos países. Curiosamente, há duas bandeiras do Brasil no local. Em alguns momentos forma-se uma fila para se tirar foto ali, então o jeito é ser rápido!
Logo depois do almoço, os guias já estão acostumados a parar no meio do salar para tirar fotos em perspectiva. Sim, eles também viram fotógrafos, e levam até itens de brinquedo, comida, entre outros para servir como protagonista. No nosso caso, o que mais vingou foi o dinossauro, e apesar de demorar para a foto ficar boa, o que vale é a diversão do momento!
Aproveite, pois essa é uma das melhores paradas do passeio, quando você percebe o quão pequeno você é no meio de toda aquela imensidão de sal – e sim, você fica pequeno na foto em perspectiva também!
“Ilha” Incahuasi: cactus gigantes
Nesta “ilha” no meio do sal, é possível encontrar cactos de 10 metros de altura – é sério, são realmente grandes! – e diferenciar espécies “femininas” e “masculinas” pelo número de braços que possuem. Eu, de fato, nunca tinha visto cactos tão grandes.
Sunset no Salar
Todas as empresas que pesquisei faziam a parada para o por do sol, mas não custa nada perguntar antes de fechar a sua agência, pois este é um dos maiores espetáculos que já presenciei. Não tem como explicar… todo aquele branquinho começa a ganhar tons maravilhosos e faz você se sentir dentro de um arco íris com 360 graus de cores.
O guia só para com o carro e espera até o sol se por, não é nada demais mas é algo incrível ao mesmo tempo. Foram 15 minutos de lavar a alma! E assim terminou nosso primeiro dia de passeio.
O segundo dia pelo Salar de Uyuni foi o mais agitado, e com visuais lindos! Acordamos cedo, tomamos o café da manhã servido pelo nosso guia e continuamos descendo de carro pelo deserto.
A primeira parada foi num trilho de trem no meio do nada – ou melhor, no meio de um frio absurdo – apenas para tirar fotos. Ao fundo, vimos o primeiro vulcão da viagem, o Volcán Ollague e logo chegamos no mirador para observá-lo mais de perto.
Laguna Cañapas
Essa foi a segunda parada, que nos surpreendeu muito pela beleza do conjunto – montanhas, laguna, vegetação e flamingos! Quando chegamos, eles estavam bem distantes, mas aos poucos foram se aproximando e pudemos observá-los bem de pertinho.
Nessa parada, a mais longa do passeio, aproveitamos para almoçar depois de quase 1 hora observando a paisagem e tirando fotos. A paz que se sente ali é algo indescritível.
Para o almoço, nosso guia simplesmente abriu a mala do carro e organizou as travessas e panelas de comida e pediu para nos servirmos. A comida era bem simples, arroz com frango e vegetais, como em todos os outros dias, porém desta vez estava bem mais gelada, já que não havia lugar para esquentar. Comemos ali mesmo, sentados nas pedras admirando a paisagem.
Laguna Hedionda
Eu tinha ouvido falar bastante nesta laguna, mas ela não me encantou tanto quanto a anterior, talvez pelo fato de termos ido na outra primeiro. Quem faz o trajeto oposto – do Chile para a Bolivia, deve se surpreender mais!
Nela, há muitos flamingos e um hotel/restaurante com wi-fi! Sim, no meio do nada é possível encontrar um lugar com conexão, porém este era o único em todos os 3 dias de passeio. Era preciso pagar algo como 5 reais para usar a internet por 15 minutos, mas acho que mesmo que eles cobrassem 50 reais, muitos turistas usariam!
Laguna Honda
Aquela típica parada de 5 minutos para tirar foto e partir! Ficamos na dúvida se valeria sair do carro quentinho, pois estávamos vendo pela janela, mas eu resolvi sair e tirei essas fotos abaixo. A cor da água é bem bonita, mas lá não tinha nenhum flamingo… confesso que já estava com saudades deles! Rs!
Árbol de Piedra
Agências de turismo costumam enaltecer vários spots desnecessariamente, e esse foi um deles. É interessante ver que essa árvore de pedra foi formada naturalmente com o vento, quando parece ter sido esculpida pelo homem. Mas a parada nesse local foi muito demorada e estava muito frio. Comecei a ficar com uma dor de cabeça muito forte devido à altitude, pois não parávamos de subir. Resolvi então, esperar dentro do carro.
Essa foi a última parada antes de continuarmos a viagem por mais um tempo até o hotel que ficamos hospedados na segunda noite, bem de frente para a Laguna Colorada. Apesar do frio, tivemos uma noite boa com direito a vinho – oferecido pelo nosso guia!
O terceiro dia no Salar de Uyuni para quem vai da Bolívia para San Pedro de Atacama, no Chile, é o mais rápido, durando apenas algumas horas pela manhã. É possível ver o nascer do sol da estrada, pois os guias costumam sair bem cedinho, até para que os turistas não percam seus transfers na fronteira. Quando se está na Bolívia, nada é tão fácil quanto parece!
Fique ligado no horário. Eu, por exemplo, perdi meu transfer, que estava marcado para 9:30 da manhã por conta de um atraso desnecessário do meu guia. Ele sabia que tínhamos horário e, mesmo assim, ficou enrolando muito para sair de manhã. A sorte foi que outro motorista aceitou nos levar, pois chegamos na fronteira depois das 10h e o nosso carro/van já havia partido. Caso perdêssemos esse outro transfer, que era o último, nós ficaríamos no meio do deserto até o dia seguinte, esperando no frio! Imagina o desespero!
Geisers Sol de Mañana
Chegamos bem cedinho no local para pegar o horário que os geisers estão em atividade. É possível andar por ali, observar por um tempo a ação dos geisers e tudo mais. Muito legal para quem vê pela primeira vez! Depois paramos por um tempo nas águas termais do Salar.
Deserto de Dali
Visualizamos montanhas e mais montanhas enquanto nosso guia corria para nos deixar a tempo na fronteira, pois nessa hora estávamos, de fato, pressionando ele! Resultado: passamos direto pela Laguna Blanca e pela Laguna Verde – ele até deu uma paradinha, mas a cor não estava bonita, e por isso, nos apressamos para continuar o caminho. Acho que o melhor horário para visitá-la é na parte da tarde.
A fronteira Bolívia/Chile
Chegando na correria para pegar o carimbo e pagar uma taxa que eles cobram pela saída do país – que não é obrigatória, mas como não tínhamos tempo para discutir, deixamos os últimos bolivianos lá com os caras e fomos em direção à van que nos acolheu bondosamente. Foi aí que terminou minha aventura pelo famoso Deserto do Sal, na Bolívia! Experiência única e indescritível, pela qual eu sempre serei grata! Para ler mais roteiros de minhas viagens, é só clicar aqui.
Roteiro de viagem pela América do Sul
Se você está planejando uma viagem mais longa pela América do Sul, acho que vale a pena conferir também outros destinos que temos aqui no blog como, Argentina, Chile, Colômbia e Peru!
Salta, Quebrada de Humahuaca, Quebrada de las Flechas e Cafayate, Argentina
Esquel e Parque Nacional los Alerces, Argentina
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Parabéns pelas ricas informações.
Muito obrigada, Milton Yu! 🙂
Faltam detalhes, vcs foram direto para Uyuni e no dia seguinte contrataram o passeio ?