Esperada durante tanto tempo por atletas, fãs dos esportes e pelos turistas, a realização das Olimpíadas de Tóquio se tornou um imbróglio. Após a pandemia em 2020, o que seria um grande encontro acabou se tornando uma enorme dor de cabeça para todos.
Com o cancelamento dos maiores campeonatos mundiais, apresentações e torneios tradicionais, não foi com grande surpresa que o Comitê Olímpico anunciou o adiamento de Tóquio para 2021. Havia esperança de que até este ano, o vírus já estivesse controlado. Porém, a curva de contaminação aumentou em alguns lugares no mundo, incluindo o próprio Japão.
Agora em 2021, o Comitê olímpico manteve o posicionamento de realizar o evento mundial, que terá início em 23 de julho e término em 8 de agosto. Tal data foi escolhida de forma que não houvesse choque com outros torneios esportivos já previstos.
Olimpíadas 2021: o que mudará?
Um código rígido de protocolos foi lançado, visando manter a saúde de todos os envolvidos. Testes serão constantemente realizados para garantir a saúde de todos. Há, porém um grande problema: a vacinação não será exigida, somente aconselhada.
Os códigos também incluem portar um aplicativo que irá monitorar a temperatura e supostos sintomas, além de identificar o local onde a pessoa está. Mantém-se também o uso, já de costume, de máscaras de proteção e álcool, além do distanciamento mínimo de 2 metros entre atletas e organizadores.
Pontos turísticos, bares e outros locais que podem ter visitantes estarão fechados para evitar aglomeração e todos os atletas terão obrigatoriamente de apresentar um teste negativo de até 72 horas antes do voo e outro na chegada. Estrangeiros continuam barrados nos aeroportos.
Com certeza será uma olimpíadas bem diferente do que estamos acostumados a acompanhar. A parte boa é que teremos novidades na TV para assistir por algumas semanas e torcer bastante pelos atletas brasileiros!
Novidades nas modalidades das Olimpíadas
No campo dos esportes seguem-se as novidades que já tinham sido anunciadas anteriormente: as Olimpíadas trarão cinco novas modalidades de esportes: o beisebol/softbol (que já fez parte dos jogos, mas foi retirado nas duas últimas edições), karatê (que será dividido em duas categorias, o kumite e o kata), surfe (que será disputado em Chiba, já que Tóquio não possui estrutura suficiente), skate (com as categorias street e park) e escalada (a maior novidade nesta olimpíada).
Para as próximas olimpíadas (Paris e Los Angeles), outros esportes serão testados: o breakdance e o poker na modalidade Match poker (bem similar ao Texas Holdem) que foi escolhida para representar o esporte da mente por oferecer chances iguais aos competidores, além de ser jogado em equipes.
E o turismo no Japão, como fica?
Os torcedores estarão de fora das Olimpíadas, e o valor dos ingressos serão devolvidos. Embora esse seja um motivo justo, não diminui os efeitos para o turismo e a economia. Afinal, o Japão é um dos lugares mais fascinantes e Tóquio, particularmente, uma das cidades que traz grandes atrativos em termos de cultura e diversão. Em 2020 a meta era mostrar um pouco mais do país asiático para o mundo.
Para que isso acontecesse, o país investiu forte prevendo um saldo positivo de 3,2 trilhões de ienes, além das cotas de patrocínio e a presença de milhares de turistas. Com o adiamento e cancelamento de turistas mundiais, as empresas ligadas ao turismo foram bastante abaladas, já que também investiram muito no evento.
Já por parte dos turistas, uma viagem para o Japão normalmente já demanda um grande planejamento que inclui decidir com antecedência os voos (que são bem longos a partir do Brasil), procurar descontos em hospedagens e seguros, ter noções básicas de cultura e alimentação, estar informado sobre qual moeda levar (ienes e dólares), solicitar de um visto de permanência emitido no consulado, dentre outros passos importantes para a viagem. O cancelamento de tudo isso já gera no mínimo um grande desconforto e perdas parciais.
Por ser algo excepcional, com o adiamento todos tiveram que cancelar voos e hospedagem e buscarem mais informações sobre como rever o dinheiro de ingressos já comprados. Neste setor, as perdas são avaliadas em torno de US$ 1 bilhão. Algo bem difícil de contornar.
Mas não somente o Japão colhe dificuldades neste momento. Estima-se que este acontecimento venha influenciar tanto os turistas quanto os organizadores no futuro. Muitos que investiram antecipadamente em ingressos, hospedagens e outros gastos, estarão com um pé atrás antes de fechar com bastante antecedência.
Isto pode acarretar uma corrida de última hora que será prejudicial ao turista, mas de certa forma positiva para o setor hoteleiro, que pode se beneficiar. Além disso, há uma esperada recessão monetária que pode diminuir os investimentos e patrocínios. Há até movimentos para que Paris seja adiada para 2025, já que a construção de instalações necessárias e protocolos podem sair caro para os bolsos dos franceses.
Com a Olimpíada ainda distante (2028), os organizadores de Los Angeles encontram-se, por enquanto, ainda tranquilos. O local que já sediou duas olimpíadas, mantém-se otimista de que em 2028, a situação financeira estará mais definida e a recessão já terá diminuído. Tornando-se viável a viagem tanto para os países quanto para quem deseja acompanhar o maior evento esportivo do mundo.
E a gente fica aqui torcendo para que essa pandemia acabe logo, que todos estejam vacinados em breve! Se você é fã de esportes, já pode conferir alguns posts que temos de Paris e Los Angeles, para, quem sabe, conseguir assistir às Olimpíadas bem de pertinho nos próximos anos, além de turistar nessas cidades incríveis!
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